25.7.11

Esperavam nauseadas de poeira, de calor e de angústia.

"This is the dawn of the apocalypse | Open your heart to the apocalypse | I want to watch you burn in the apocalypse | I'll make you learn for the apocalypse."

Era o mesmo logradouro pálido de fantasmas vazios, porém tudo parecia mais cinzento. Era tarde da noite, estávamos frios e mais velhos. E nada aconteceu. Nada aconteceu. As mesmas árvores refletidas pela luz no imenso chão. Concreto frio, rachado e seco, suspenso no temor de pensamentos lívidos. Amanheceu e já não havia mais ninguém. Nem sentido, nem razão, nem mesmo um fim. Partem sonhos e desejos no mistério da última estrela. No meio de tanta sujeira, de tanto ruído, de tanta existência, as horas caem, feito anjos, feito lágrimas, feito o véu sobre o cadáver. Feito o sol engolido pela noite mais escura. E enquanto moscas formam halos na tua fronte, a cidade, ruidosa, solitária, se avoluma sobre mim. E o mundo inteiro é um silêncio – ensurdecedor.

8.7.11

If emotions still burn...

[15h22min]

É bem mais fácil apontar o dedo
“Não invadi nada, a culpa é sua!”
O comodismo é descobrir o medo
O que encobre a sombra na rua.

A falsidade é acordar bem cedo
Só pr’a ver uma verdade bem crua
Fazer do erro o seu principal credo
Fazer de conta que não está nua.

Que pretensão se achar especial
Pois continue a fingir assim
Você só vai se afastar de mim.

O que é bom também pode ser mau
Decepção que você finge ter
E que à vera vai acontecer.

[15h34min]